Escrava da insónia e da dor,
recordo cada instante...
Quem consegue parar a contagem decrescente?
Quem dirá que não?
Quem vai engolir o orgulho para salvar-nos?
Penso que entreguei demais à beira da dúvida e da indiferença...
Escrevo palavras e frases que não consigo esconder...
e que arrancam o silêncio da minha voz...
Quem consegue viver a mentir ao coração?
Quem nunca chorou por amor ao som de uma canção?
Ando pela rua com a ausência do amor...
e aqui estarei ansiosa de desejo, cansada e ferida,
a fugir ao fantasma do esquecimento...
e aqui estarei a negar que estou sozinha...
porque ninguém é uma ilha!
E escrevo para negar,
escrevo para não pensar,
escrevo para esquecer...
Sinto que fica alguma coisa incompleta...
Mas não consigo chorar mais... o tempo acaba em cada lágrima
Preciso de me libertar de uma rebeldia que atrás dos meus gritos é silenciosa
Estou cansada das curvas que insisto em fazer nas minhas linhas rectas,
O que me mantém viva são as mentiras que crio para mim mesma
para esconder a falta da atenção que tanto preciso.
É mais fácil acreditar na doce loucura do que na amarga tristeza...
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