Tranquilidade

Como uma imensidão de águas nunca tocadas mas imaginadas em sonhos,
Ou florestas nunca pisadas mas sentidas pelo vento que abana as suas folhas,
Hoje sou dominada por uma calma inesperada,
Um suspiro de paz e entusiasmo que me enche o peito...
Como um novo livro aberto que é folheado com dedos lentos e olhos arregalados,
No sossego de um conforto aconchegante e acolhedor,
Confio em mim... Já não há insegurança que me abale,
Nem palavras que me enganem... a essas sou surda...
Acredito nas que são ditas do coração... e não nas que se dizem em conflitos...
Pois essas, mesmo não sendo sentidas, ferem mais que as más ditas do coração!
Confio no que valho... Uma e outra vez...
A minha tranquilidade advém da minha força...
E a minha força dá-me confiança...
Todos sabemos que há pessoas em quem não devemos confiar,
Mas a verdade é que damos a confiança às pessoas quando as conhecemos,
O que vier depois... é história de vida... é experiência... é aprendizagem...
E se confiando sou feliz, não me importo de cometer esse erro muitas vezes...
Confio que haja algo de puro em cada pessoa,
apenas é preciso ficar perto o tempo suficiente para o ver...
Não é fácil mas o tempo que aguentamos é o que nos torna diferentes!
Confio em não me tornar amarga nas mágoas...
Confio em manter um sorriso que me dá brilho...
Confio em ser mais e ser melhor porque tenho princípios...
(coisa rara hoje em dia)
Mantenho-me fiel e pura a mim própria,
e por consequência ao mundo que habito...
Lamento se não sou suficientemente boa para as pessoas que prefiro por de lado,
No entanto o livre arbítrio, ou a aparência dele,
Deixam-me escolher as pessoas que quero à minha volta...
E a tranquilidade que me inunda agora a alma não se preocupa com isso...